Eu vejo “franjas” em você !!!

De acordo com as passarelas neste inverno as franjas geométricas (aquelas com pegada retrô e mais ousadas, sabe?) vão reinar soberanas. Sempre modernas e estilosas, estas franjas proporcionam um “up” legal ao visual e também um ar glamouroso ao penteado. Eu já aderi ao novo modelito rs.. 

Jéssica Cegarra


VINHO MASTER – Foco nos lábios

Nas texturas de mate ou gloss os tons de vinho são os protagonistas desta estação. A aposta para a temporada são as cores escuras associadas ao inverno.

O batom vinho combina com todos os tipos de pele e idades também, além de proporcionar sobriedade ao look, sensualidade e poder como peça chave para a estação mais elegante, sem parecer vulgar, é claro.

Os tons fechados do inverno ajudam a proteger os lábios das agressões causadas pelo vento e pela baixa temperatura. Para bocas pequenas utilize o gloss sobre o batom para dar volume aos lábios, depois é só arrasar no democrático desfile pelas ruas. Não se esqueça de um blushzinho de leve para aquele ar saudável de sempre.

Jéssica Cegarra


Esmaltes metalizados – o Hit da estação

Nesta temporada fria você pode apostar sem medo nos esmaltes metalizados. Seguindo um estilo mais sóbrio e acima de tudo para combinar com a estação, os tons metalizados reafirmam um inverno impactante e glamouroso, proporcionando ótimo critério de acabamento na produção.

Alguns desfiles se focaram diretamente nas cores de esmaltes metálicos como componente do look, sendo o dourado um dos favoritos da estação. Para inovar, a dica é usar as unhas arredondadas, formato hoje pouco usado pelas brasileiras; a dica é válida pois a mão fica mais alongada e mais elegante. Aposte no metalizado e arrase na certa!

Jéssica Cegarra 


Coquetel de lançamento do livro de Wilson Gasino – Editor-chefe do BOM DIA

Quinta passada o editor-chefe do jornal BOM DIA Rio Preto, Wilson Gasino, autografou seu livro “O Reino Místico dos Pinheirais” na livraria Saraiva do Rio Preto Shopping. Em clima de cultura e interação social os presentes se deliciaram com um divino coquetel regado a finesse do salmão, além de uma sobremesa deliciosa composta por morangos e suspiros. Para completar a ocasião de lançamento cultural nada melhor que aquela música clássica (dos deuses) ao vivo. Presenças ilustres, autógrafos, salmão, saxofone, chique é pouco.

Livro “O Reino Místico dos Pinheirais” de Wilson Gasino adquira o seu em http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/4055813/o-reino-mistico-dos-pinheirais/?PAC_ID=122420

Imagem

Ana Cristina Jalles Guimarães e Jéssica Cegarra

Autógrafo

Wilson Gasino, Fátima Cruz e Jéssica Cegarra

Wilson Gasino e Daniela Ciencia


A influência das novas tecnologias no jornalismo

O desenvolvimento excepcional dos meios de comunicação e das novas tecnologias se tornou papel relevante na vida profissional de todos os jornalistas de todo o mundo.

Entende-se que “A Internet, enquanto nova esfera da opinião pública (à escala global), permite a democratização da difusão de comunicação.” (TRAVASSOS, 2008). Por meio da internet há a possibilidade da utilização instantânea de aparelhos como uso da câmera digital portátil, o celular e o netbook para a produção e veiculação de alguma noticia com sucesso para qualquer lugar existente.

A mobilidade da miniaturização da tecnologia, perante os celulares e afins, permitiu certamente a individualização dos processos de comunicação.  Esta desmedida revolução tecnológica que abrevia e multiplica o tempo dos repórteres em detrimento das noticias, facilita atividades que antes tomavam muito tempo. Da maneira rápida, atualmente se pode transmitir uma matéria fresquinha em mobilidade recorde, proporcionando assim maior acesso a noticia por parte do leitor internauta, no caso de mídias digitais.

O jornalista em eras digitais tornou-se o ser completo, aquele que enxerga a pauta, fotografa o ocorrido, pesquisa onde está, edita e publica a noticia num piscar de olhos; tudo isso em apenas um único profissional. O jornalista hoje, nada mais é que um repórter móvel, que tem capacidade de absorver e se auto aplicar vários fatores que antes (ou ainda) podem ser distribuídos por editores e pauteiros. Para Carrato:

“os novos tempos nos obrigam a contribuir para a formação do chamado jornalismo pleno. Vale dizer: o profissional capaz de trabalhar várias mídias e linguagens (CARRATO, 1998, p.26) apud (VICCHIATTI, 2005, p. 51)

 Com o surgimento das novas tecnologias, também ampliou-se a perspicácia da pesquisa e produção da informação; desse modo, sem sair da redação o repórter pode apurar, pesquisar e retirar informações para uma determinada matéria em especifico. O jornalista também pôde se transformar num profissional multitarefa, pois, as necessidades do mercado fizeram com que ele sofresse o impacto da nova rotina produtiva, e se aperfeiçoa-se nessa nova empreitada tecnológica, onde jornalismo, tecnologias móveis e mobilidade fazem uma combinação excelente.

Esta nova empreitada sofre de transformações contínuas, o jornalista neste tempo de tecnologias renovadoras deve sofrer uma permanente reciclagem, de maneira atualizadora do jornalismo profissional constante. Além do domínio das ferramentas tecnológicas, é indispensável que o bom jornalista tenha a capacidade de elaborar pensamentos de cunho críticos consistentes, este requisito fará a diferença entre o profissional de jornalismo de credibilidade e o ser comum especulador e distribuidor de informação.

 

“[…] todas estas inovações tecnológicas geram condições infinitamente superiores para a qualidade do trabalho do jornalista, mas, ao mesmo tempo, exigem, pelo dinamismo, velocidade e diversidade de sua evolução, uma permanente reciclagem atualizadora do jornalismo profissional, principalmente sob o ponto de vista estético e ético.” (VICCHIATTI, 2005, p. 98)

 

O surgimento das novas tecnologias fez com que as mídias tradicionais percebessem a importância do investimento relacionado à atualização das tecnologias existentes e usadas até então, para acompanhar plenamente a ritmo das transformações dos novos modelos comunicacionais.

Estas novas tecnologias que passaram a ser investidas no ramo jornalístico são capazes de proporcionar resultados e condições extraordinariamente melhores para a qualidade e potencial do trabalho jornalístico. Pois uma nova tecnologia sempre amplia o potencial do jornalismo, além de ser um ponto determinante na proximidade com o publico.

O desenvolvimento digital caminha a passos largos em direção a mídia. Suspeita-se de um possível receio do jornalismo impresso em relação a toda essa modernidade surgida em direção ao fortalecimento do jornalismo na internet. Entende-se que a morte do jornal impresso não estará por perto a menos que ele não domine a plataforma da nova mídia. Segundo Rosa, nos próximos anos é possível que ocorra alguma mudança no setor impresso do jornalismo, tais como a: “a reinvenção do impresso, dos títulos mais tradicionais aos mais recentes, incluindo os populares e as mudanças estratégicas para o meio digital frente aos desafios técnicos e editoriais” (ROSA, 2007)

Em relação a isto, Costa também nos dá sua colaboração mais que importante quando afirma sobre os receios dos meios de comunicação em relação a alguma novidade bombástica ocorrida nos setores midiáticos, com humor ele revela o que muitas vezes não conseguimos enxergar, ele afirma: “A internet iria matar a indústria do jornal e da revista. No entanto, o jornal não matou o livro, a televisão não matou o rádio, o DVD não matou o cinema.” (COSTA, 2006, p. 21)

A interatividade provinda das novas tecnologias:

Com o surgimento das novas tecnologias surgiu-se também o que chamamos de interatividade relacionada ao internauta. Esta interatividade proporciona uma maior participação do público, em termos de noticias, o internauta munido das ferramentas modernas e tecnológicas também pode fazer o papel do jornalista como difusor de conhecimento. O que fará a diferença entre a publicação do jornalista formado e o simples internauta caseiro é a qualidade, credibilidade, confiança e reputação do emissor e, por conseguinte, da matéria veiculada.

No caso do internauta caseiro, há a possibilidade de publicação de matérias para as audiências de nicho dos blogs individuais, ou até mesmo exposição local, regional, nacional e em alguns casos até mundial. Dessa forma, as novas tecnologias dificultaram a seriedade das noticias, pois dessa maneira, o publico já não é mais somente passivo, ele agora pode veicular as noticias que presencia. Para Costa “O público não precisa mais ser passivo. Deixou de ser mero espectador, de ser destinatário. Participa.” (COSTA, 2006, p. 29)

A interatividade e participação do internauta/leitor caracterizam características de como as novas tecnologias influenciam o modo de se fazer jornalismo hoje em dia. Agora mais do que nunca o jornalista tem a necessidade de proporcionar a segura credibilidade ao leitor.

O jornalista profissional para não ficar na mão em tempos modernos de novas tecnologias deverá utilizar com todos os métodos cabíveis e éticos para fazer funcionar o motor propulsor das informações jornalísticas, de maneira clara e objetiva, com excesso de fontes e alto grau de credibilidade entre o público.

 

BIBLIOGRAFIA:

COSTA, Caio Túlio. Por que a nova mídia é revolucionária. LÍBERO – Ano IX – nº 18 – Dez, 2006. Disponível em: http://revcom2.portcom.intercom.org.br/index.php/libero/article/viewDownloadInterstitial/4618/4344 Acesso em: 09/06/2011

MOREIRA, Oldemiro. Novas tecnologias, jornalismo e a mudança de paradigma. Disponível em http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=25066&idSeccao=527&Action=noticia Acesso em 09/06/2011

ROSA, Leonardo Siqueira da. HIPERTEXTO, Um novo cenário para a comunicação, 2007. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/um-novo-cenario-para-a-comunicacao Acesso em: 09/06/2011

TRAVASSOS, Érika. O jornalismo e as novas tecnologias. Revista eletrônica Temática. Disponível em: http://www.insite.pro.br/2008/24.pdf Acesso em 09/06/2011

VICCHIATTI, Carlos Alberto. Jornalismo: comunicação, literatura e compromisso social. São Paulo. Paulus. 2005.


Análise do capítulo A Jornada de um Serendipitoso do livro Fama e Anonimato de Gay Talese

Este trabalho busca analisar o capítulo A Jornada de um Serendipitoso do livro Fama e Anonimato (escrito no início dos anos 60 e lançado no Brasil em 1973) do jornalista norte-americano Gay Talese. Esta breve analise será composta a partir das observações da possível ocorrência de marcas de subjetividade do autor, contidas no texto. Também serão elucidadas as marcas de temporalidade dos relatos demonstradas por Talese, além de tomar como foco principal as características da literaturidade que o texto apresenta.

O livro Fama e Anonimato faz parte de uma nova faze do jornalismo mundial, denominada de “new jornalism”. Por meio desta nova concepção de jornalismo, Gay Talese consegue despertar interesse e conseguir capturar a atenção dos leitores logo nas primeiras linhas do texto. Trata-se de uma reportagem aludida pela literatura, no qual são retratadas características da literatura sobre fatos reais, de forma precisa, sem deixar o fato e a informação jornalística de lado. Como resultado temos a descrição e o foco em terceira pessoa, de modo a proporcionar uma leitura que desperta a atenção e que possuí a qualidade de prender o leitor, não só pelos dados curiosos, mas por todo contexto que apresenta. Conceitua-se que:

“os limites que separam o jornalismo da literatura estão sendo transpostos em busca de uma narrativa esteticamente mais competente. Essa transposição surge do fato de alguns jornalistas ao não se contentarem em seguir os esquematismos de fórmulas rígidas de construção de narrativa jornalística, procurarem lançar um olhar inquieto às determinações de regras fechadas e buscarem enunciações atrativas com competência técnico-artística.” (VICCHIATTI, 2005, p. 83)

Chamamos aqui de “literárias” estas enunciações atrativas com competência técnico-artística citadas por Vicchiatti. Este new jornalismo em questão modificou a linguagem jornalística, fazendo com que ela, de maneira excepcional se assemelhe a  literatura ficcional. Por conseguinte, Talese faz com que suas reportagens sejam lidas de modo semelhante a um conto, onde o leitor se sente inserido na história. Nesta nova linguagem new jornalística, autor passa então a “descrever a realidade tão detalhada e fielmente quanto possível, conferindo a tal descrição um tratamento até então destinado ao romance ou ao conto.” (VICCHIATTI, 2005, p. 86). Nas palavras do próprio autor:

“Tento absorver todo o cenário, o diálogo, a atmosfera, a tensão, o drama, o conflito e então escrevo tudo do ponto de vista de quem estou focalizando, revelando inclusive, sempre que possível, o que os indivíduos pensam no momento que descrevo”. (Talese em Novo Jornalismo, 2000) apud (ABREU, Allan. New Journalism: A Experiência literária no jornalismo. Disponível em: <http://criticaecompanhia.com/allan.htm> Acesso em: 01/06/2011)

Noblat no livro A arte de fazer um jornal diário dá um conselho ao leitor jornalista: “Escrevam uma notícia ou uma reportagem como se contassem uma história a um amigo.” (NOBLAT, 2008, p. 82). Talese como ótimo observador e ouvinte por excelência seguiu a risca este principio de forma a caracterizar com precisão como é efetuada a presença da participação ativa do narrador. Nas palavras de Talese percebe-se que o uso do ponto de vista, no qual se descreve a cena através de um determinado ângulo, é um dos principais fatores da modalidade do new jornalism utilizada por ele.

A Jornada de um Serendipitoso, como produto de jornalismo, caracteriza a matéria fria e não factual. Nela existe a “costura” do texto, cena a cena, no qual um assunto puxa o outro. Trata-se de uma obra que não se acaba após uma leitura de cada relato ou noticia, pode-se lê-la em qualquer momento, é atemporal. Escrita no inicio dos anos 60 permanece válida aos dias de hoje. No capítulo, há um trecho interessante, em que se refere a uma determinada noticia (que não vem ao caso especifica-la) relatada:

“Os jornais que noticiaram o sensacional caso tinham servido para embrulhar lixo fazia tempo, e estavam todos sepultados num aterro sanitário” (TALESE, 2004, p. 56) dessa maneira, Talese nos mostra como o jornalismo diário e factual é efêmero e tem validade. No caso de Talese, o novo jornalismo que ele prega é eterno, ele vira livro, obtém reconhecimento e é duradouro. Sobretudo, não embrulha o lixo no aterro sanitário, mas aquele que efervesce nas mentes de milhares de pessoas, todos os dias pelo mundo.

Talese é um profissional capaz de uma comunicação excessivamente competente. Ele emprega uma articulação narrativa complexa, utilizando de historias de vida, são os casos, que caracterizam as personagens que sofrem a ação da noticia. No capítulo, nota-se que um dos objetivos do autor foi o de retratar a vida subjetiva das personagens. Em relação a isso, Noblat também comparece com outro conselho: “Tudo que puder ser humanizado deverá sê-lo. Não esqueçam que a noticia é uma historia. E que agente gosta de ler histórias sobre gente.” (NOBLAT, 2008, p. 75) ele ainda complementa – “Ponham gente em suas matérias, Gente gosta de ler história de gente. Ponham odores, descrevam ambientes, apeguem-se a detalhes” (NOBLAT, 2008, p. 108). Talese, em concordância com Noblat, expõem, descreve e retrata no livro as observações minuciosas das situações vividas pelos diversos personagens abordados. “Em Nova Yorkvocê encontra todo tipo de gente.” (TALESE, 2004, p. 58) principalmente pessoas com hábitos diferentes.

Em complementação as histórias de vida das pessoas, Talese utiliza em demasia, a própria visão e ponto de vista e avaliação, adjetivos e descrição da personagem por meio de subjetividade. Observe nos trechos abaixo:

“O homem mais alto de Nova York, Edward Carmel, mede dois metros e meio, pesa 215 quilos, come feito um cavalo e mora no Bronx.” (TALESE, 2004, p. 74). Edward Carmel foi avaliado por Talese como o homem mais alto do mundo, em quesitos de avaliação subjetiva, não foi citado nenhuma espécie de feito comprobatório em relação à altura do homem, como exemplo “segundo o Guiness Book”. A altura e o peso retratam padrões de cunho estatístico e descritivo, no caso, peso e altura, não utilizados costumeiramente pelo jornalismo factual tradicional. Comer feito um cavalo transparece a visão individual do autor, alem de uma comparação, trata-se de um adjetivo, disfarçado de pseudo eufemismo, no caso para não chamá-lo de faminto, esfomeado ou então esganado, pois se sabe que “Um cavalo de 545 quilos come num só dia 6,8 quilos de feno e 4,1 quilos de grãos.” (Costumes e mitos. Disponível em: http://www.felipex.com.br/costumes_mitos06.htm> Acesso em: 01/06/2011)

Compreende-se que fica caracterizada a descrição subjetiva e a imensa quantidade de adjetivos do personagem por parte do autor. Alem de abordar o ser humano em diversos contextos, ele utiliza a descrição e o foco em terceira pessoa, para descrever os dados curiosos das personagens que sofrem a ação da noticia:

“Sr. Kyle (…) Ele é um homem baixo e troncudo que anda com os ombros inclinados para trás, tem o queixo protuberante e o rosto quase sempre franzido.” – “Seu estilo é direto; suas palavras, breves e objetivas.” (TALESE, 2004, p. 88)

“Nova York é uma cidade para excêntricos e uma central de pequenas curiosidades.” (TALESE, 2004, p.19)

“John Muhlhan cheira feno e cobra por hora de trabalho; ele é considerado um dos maiores conhecedores de feno para cavalos do país.” (TALESE, 2004, p. 97)

Entende-se que “noticia é todo fato relevante que desperte interesse público.” (NOBLAT, 2008, p. 31). Para Talese esse interesse publico vai muito além dos ideais factuais do dia a dia. Para ele há a intensa valorização da importância das histórias bizarras; por meio delas há o despertar da atenção em relação a leitura. Alem de apresentar marcas do autor, essas histórias prendem o leitor com informações e dados curiosos, algumas vezes trágicos também. “Raphael Torres, furioso porque um ônibus não parou para ele, entrou num Taxi, conseguiu alcançar o motorista do ônibus – e o esfaqueou.” (TALESE, 2004, p. 114). Para Noblat “a noticia esta no curioso, não no comum (…) no drama e na tragédia e não na comédia ou no divertimento.” (NOBLAT, 2008, p. 31). Talese aborda a tragédia e curioso de maneira excelente, de forma fora do comum.

As estatísticas são resultantes de investigações precisas e árduas buscas de dados, pois “Sem investigação não se faz jornalismo de qualidade.” (NOBLAT, 2008, p. 45. Talese investigador de carteirinha, utiliza das estatísticas como um dos principais chamarizes do curioso em seu texto. Basicamente em quase todas as historias elas estão presentes. As estatísticas fazem parte do perfil positivista que compõem um dos viés que proporcionam qualidade a narrativa ou reportagem; além de pressupor credibilidade jornalística. No new jornalism de Talese há o exagero detalhado de informações estatísticas, exemplo:

“Todo dia os nova-iorquinos enxugam 1,74 milhão de litros de cerveja, devoram 1,5 mil toneladas de carne e passam 34 quilômetros de fio dental entre os dentes. Todo dia morrem cerca de 250 pessoas em Nova York, nascem 460, e 150 mil andam pela cidade com olhos de vidro.” (TALESE, 2004, p. 20)

Além de contar histórias e descrever pessoas, a  presença de figuras de linguagem no capítulo analisado, é um dos componentes do new jornalism provindos da literatura. Temos a comparação dentre as mais usadas por Talese. A comparação acontece quando entre dois termos, existe a presença do conectivo como, observe:

“quando chove os edifícios da cidade de certa forma parecem mais limpos – banhados num tom opalino, como uma pintura de Monet.” (TALESE, 2004, p. 29)

“Vê passageiros de pé, pendurados nas alças como quartos de boi no açougue” (TALESE, 2004, p. 43)

Além das figuras de linguagem, o autor também utilizou das funções de linguagem, como por exemplo a função fática ou de contato. Talese retratou bem a utilização da função fática no dia a dia das personagens, e que por conseguinte, também se aplica ao cotidiano das pessoas existentes fora do livro. A função fática da linguagem é aquela em que a personagem emite/diz algo com o intuito de produzir um canal de conversa em prol da certificação do contato estabelecido, na qual possa ser prolongado posteriormente com outro assunto. Os vícios e manias mais comuns da população de função fática são em relação ao tempo. Talese já diz “grande cidade da Conversa Sobre o Clima.” (TALESE, 2004, p.53). O autor, ciente do fato, não perde tempo em fazer transparecer um ar demasiadamente cômico em relação ao tempo e a função fática quando afirma que:

“Aconteceu uma coisa inesperada às 14h49 do dia 12 de maio, uma quarta-feira, numa grande área de Manhattan: faltou luz e, em muitos bairros, a escuridão cobriu tudo, os religiosos pararam, a cerveja esquentou, a manteiga amoleceu e as pessoas ficaram conversando agradavelmente à luz de velas em salas sem televisão. Foi uma beleza. As pessoas tinham uma coisa diferente para comentar (…) Só os cegos continuaram sua rotina normalmente.” (TALESE, 2004, p. 53)

Talese alem de zombar comicamente da função fática, enfatiza como será divertido haver um canal e ponte de comunicação diferentes após o ocorrido. Desta vez (menos para os cegos) não será o tempo o canal, mas sim a falta de luz que amoleceu a manteiga e esquentou a cerveja da população.

Independente do estilo de jornalismo a ser seguido, a formação do jornalista é projetada a partir da percepção do papel singular de produtor de conhecimento e de cultura que ele representa. Pois o jornalista nasceu “Para informar as pessoas. Também para instuí-las e diverti-las.” (NOBLAT, 2008, p. 12). Nesse sentido, Talese também utiliza o new jornalism com o intuito da informação e instrução, por exemplo, quando cita o papel histórico formado pela ponte George Washington:

 “Pouca gente sabe que a ponte foi construída numa área onde os índios costumavam passar, onde se travavam batalhas e onde, durante os primeiros tempos da colônia, piratas foram enforcados às margens do rio, para servir de advertência a outros marujos imprudentes.” (TALESE, 2004, p. 33)

O bom jornalista “Ao contrario daqueles macaquinhos chineses, eles têm de ver, ouvir e contar – de preferência contar bem, em texto de qualidade.” (DANTAS, 2004, p. 10). É o que faz direitinho Talese, observador por excelência, faria milhares de porteiros nova yorkinos morrerem de inveja dos seus textos de qualidade provindos de observações minuciosas e precisas, e o melhor, mega profissionais. Talese afirma que “Em geral os porteiros […] constituem um grupo de obsequiosos e articulados diplomatas de calçada” (TALESE, 2004, p.27). E complementa:

O porteiro do Sardi’s ouve os comentários dos espectadores das estréias, que passam pelo bar depois do ultimo ato. Ele ouve de perto. Atentamente. Dez minutos depois de cair o pano, ele é capaz de dizer quais espetáculos serão um fracasso e quais serão um sucesso.” (TALESE, 2004, p. 20)

 

O jornalista, ciente do real papel singular de produtor de conhecimento que representa, tem a obrigação de divulgar a informação preciosa, aquela que o leitor não sabia ou não parou pra ver, além de fazê-lo pensar em coisas que não tinha pensado (ou não tinha pensado naqueles termos). Isto é jornalismo. E isto também é new jornalism. Para tal façanha, o new jornalism necessita de grande parcela de imaginação por parte do jornalista, pois “Imaginação é a palavra-chave. Sem ela, o jornalismo não enxerga além do fato.” (NOBLAT, 2008, p.78). É importante obter alta qualidade da “visão jornalistica”, aquela dotada de um olhar que foge aos lugares-comuns. Em suma “Tudo deve ser observado. E o relevante, publicado.” (NOBLAT, 2008, p. 70).

“Bem – aventurados serão aqueles que repensarem seu conteúdo para acompanhar as transformações do mundo onde operam a capturar novos leitores.” (NOBLAT, 2008, p. 26). Talese pode ser caracterizado como um bem aventurado neste sentido, pois é um dos pioneiros neste ramo de jornalismo literário. Além de capturar novos leitores para a modalidade jornalística diariamente, Talese utiliza de arte manhas literárias para uma construção da nova narrativa do jornalismo, podemos citar o fato de contar histórias, descrever pessoas, a atemporalidade, as figuras e funções da linguagem, a subjetividade, a adjetivação e o detalhamento da ambientação e de perspectiva (próximo ao conto) etc. Observa-se que o importante é sempre dar “ênfase na batalha por um jornalismo (…) mais preocupado em provocar perspectivas no leitor.” (PIZA, 2009, p. 09).

Sem sombra de dúvidas, o livro fama e anonimato “É literatura da melhor e reportagem da melhor.” (DANTAS, 2004, p. 13)

 

Referências bibliográficas:

DANTAS, Audálio. Repórteres. São Paulo. Senac. 2004.

NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo. Editora Contexto. 2008.

PIZA, Daniel. Jornalismo cultural. São Paulo. 2009.

TALESE, Gay. Fama e anonimato. São Paulo. Cia das letras. 2004.

VICCHIATTI, Carlos Alberto. Jornalismo: comunicação, literatura e compromisso social. São Paulo. Paulus. 2005.

Documentos eletrônicos:

ABREU, Allan. New Journalism: A Experiência literária no jornalismo. Disponível em: <http://criticaecompanhia.com/allan.htm> Acesso em: 01/06/2011

Costumes e mitos. Disponível em: http://www.felipex.com.br/costumes_mitos06.htm> Acesso em: 01/06/2011


Comunicação verbal e não verbal e o impacto causado na comunicação interna.

A comunicação é composta de uma mensagem a ser transmitida do emissor para o receptor. A mensagem pode ser ou não verbal. O receptor interno deve compreender e executar a mensagem, de maneira não omissa e da melhor forma possível para que não haja falhas.

Temos como comunicação verbal o uso da linguagem escrita ou falada. A comunicação oral é um meio conveniente, eficaz, rápido e recíproco de transmitir informações aos trabalhadores. A conversa face a face transmite as emoções e nuances que acompanham as entonações verbais de uma conversa telefônica. As videoconferências e as reuniões virtuais funcionam bem como apoio para a realização de tarefas.

Do outro lado temos a comunicação não verbal. Ela caracterizada pelos gestos e expressões corporais e pelo gestual do transmissor durante a emissão de uma mensagem. A comunicação não verbal efetua-se através do contato físico, da entoação da voz e do gesto, sendo assim mais exata do que a comunicação oral. Ela se encontra presente em todas as comunicações efetuadas através de discurso e em algumas comunicações audiovisuais, acrescentando uma maior dimensão à comunicação.

Os meios de comunicação escrita são os principais instrumentos de comunicação interna, na grande parte das organizações. Isso se deve ao impacto que provocam e ao seu carácter de permanência e de valor.

O objetivo da comunicação interna é manter o público interno das empresas engajado e comprometido com os objetivos empresariais. As falhas de comunicação comprometem a qualidade de vida no ambiente de trabalho e são responsáveis pelo impacto e efeito da comunicação no ambiente interativo de trabalho.

 


BAUHAUS

Bauhus é uma escola de artes visuais design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda, alem de ser ícone da história do Design, é a primeira escola moderna de Design do mundo.

Por meio dela foram elaboradas as bases do Design, que puderam ser aplicadas nas novas concepções pedagógicas, que acabaram por contribuir muito para a educação estética da época.

Do alemão, o termo bauhaus vem de: haus, “casa” e bauen “para construir”, dessa maneira se conduz o programa da escola a idéia de que o aprendizado e o objetivo da arte ligam-se ao fazer artístico.

Fundada por Walter Gropius em Weimar no ano de1919. aBauhaus nasceu da fusão de duas escolas existentes em Weimar-Alemanha, a Academia de Arte e a Escola de Artes e Ofícios e nasceu em meio a um período conturbado da história da humanidade. Seu funcionamento ocorreu entre 1919 e 1933 na Alemanha.

A Bauhaus de estilo arquitetônico prima pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produçãoem massa. Oprincipal campo de estudo da Bauhaus era a arquitetura. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficinas foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. Os objetivos principais desta escola era unir artes, artesanato e tecnologia.

O ensino da disciplina de história era considerado desnecessário devido a utilização pela escola dos princípios racionais ao invés de utilizar padrões herdados do passado. O intuito da ruptura com o passado é o de se abrir para as novas idéias das novas tecnologias surgidas pela revolução industrial.

Após o final da Primeira Guerra Mundial criou-se então um novo estilo arquitetônico que refletiu essa nova época, que foi pressentida por Walter Gropius. Ele queria unir os campos da arte e artesanato, constituindo uma criação de produtos altamente funcionais e com atributos artísticos. Walter Gropius dirigiu a escola de1919 a1928, posteriormente foi sucedido por Hannes Meyer e Ludwig Mies van der Rohe.

A Bauhaus durante algum tempo foi subsidiada pela República de Weimar. Em1925 aescola mudou-se para Dessau, após mudanças nos quadros do governo. Foi em Dessau que foi criada a Universidade Bauhaus. Em 1932, ocorreu então mais uma nova mudança, a Bauhaus mudou-se para Berlim.

Por ordem do governo nazista, opositor a Bauhaus durante a década de 20, em1933 aescola foi fechada. Os nazistas a consideravam uma escola de frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali.

Contudo, a Bauhaus teve impacto fundamental no desenvolvimento das artes e da arquitetura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos da América nas décadas seguintes – para onde se encaminharam muitos artistas exilados pelo regime nazista.

Tendo a arquitetura como o principal campo de estudos da Bauhaus a escola procurou estabelecer planos para a construção de casas populares baratas por parte da República de Weimar. Mas também havia espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista chamada Bauhaus e uma série de livros chamados Bauhausbücher. O diretor de publicações e design era Herbert Bayer.

 

Fases da escola:

 

1ª Fase: EXPRESSIONISTA

1919 à 1927 : Período Weimar

Sob a direção de Walter Gropius

2ª Fase: FORMALISMO CONSTRUTIVISTA

1927 à 1929 : Período Dessau

Sob a direção de Hannes Meyer

3ª Fase: RACIONALISMO RADICAL

1929 à 1933 : Período Berlim

Sob a direção de Mies Van de Rohe

 

 

Bibliografia:

Mais design. Disponível em:

<http://www.maisdesignmoveis.com/designers/bauhaus.php> Acesso em 23/05/2011

Escola de design UEMG. Disponível em:

<http://www.ed.uemg.br/outros/noticia?id=12> Acesso em: 23/05/2011

Ciências humanas. Disponível em:

<http://www.cienciashumanas.com.br/resumo_artigo_3944/artigo_sobre_escola_bauhaus> Acesso em: 23/05/2011


Solucionando a crise (assessoria de imprensa)

Diante do momento de crise, existem algumas ações a serem tomadas. Primeiramente há a necessidade que haja uma nota a imprensa, ou, por conseguinte, a existência de uma coletiva de imprensa, abrangendo diversos meios de comunicação, a fim de realmente especificar realmente o ocorrido para todos os veículos, sem distinção.

A nota para a imprensa deverá conter o posicionamento da empresa sobre o assunto, incluindo as informações essenciais e principais como as causas e conseqüências do que ocorreu. Se o caso ainda não estiver solucionado por completo, será necessário outros posicionamentos ou releases, elaborados nos dias subseqüentes (disponibilizados com hora marcada no site da empresa por exemplo).

A nota para a imprensa deverá ser feita após a primeira reunião do grupo acionado para o comitê de crise, de preferência o mais rápido possível para evitar comentários e especulações errôneas e difamatórias do publico curioso e linguarudo a respeito da empresa. Este comitê deverá conter pessoas de diversos setores, tais como, diretoria, jurídico, operacional, comunicação etc. O porta-voz escolhido anteriormente a crise, será devidamente orientado do procedimento de divulgação das informações a ser seguido.

O porta-voz pode ser o diretor ou um membro do comitê de crise. Ele é uma das peças chave diante da crise. É importante que o porta-voz estabeleça objetivos de providências em curto prazo e que esteja preparado seriamente para atender a imprensa de forma satisfatória. O porta-voz, devidamente preparado e capacitado por treinamento do assessor de imprensa, deverá responder as questões dos jornalistas da coletiva em relação ao contexto da crise; direcionado ao esclarecimento do fato, de modo a minimizar ou evitar prejuízos à imagem da empresa.

Ele deve dizer sempre a verdade sobre o ocorrido, especificar o que aconteceu, a dimensão do público afetado, a estimativa de extensão do problema e se a empresa teve culpa ou não, além de outros aspectos inerentes ao problema. Sobretudo de forma coerente, de maneira que a informação emitida seja a mesma por parte de toda a comissão da crise (inclusive pelo publico interno trabalhador da empresa, de forma padrão), clara e objetiva.

Um dos papéis principais do porta-voz é o de tornar visível o consistente comprometimento da empresa com a opinião pública e com a sociedade. É importante que o porta-voz cite qual será o método e forma na qual ocorrerá o ressarcimento do prejuízo para o cliente prejudicado. No caso da Telefônica pode ser indicado que haja um desconto especifico na próxima conta do cliente a pagar; a fim de estabelecer sempre o bom relacionamento cliente/empresa.

O comitê de crise e a assessoria deverão acompanhar constantemente a evolução da crise na Opinião Pública. Não esquecendo, é claro, da retirada das propagandas em exercício durante um período de tempo determinado pelo comitê.

No pós-crise é indicado que seja elaborado uma pesquisa de imagem em prol de avaliar possíveis prejuízos sofridos a empresa, para que conseqüentemente seja iniciado um trabalho amplo de recuperação da imagem, de forma a revitalizar com sucesso a credibilidade da empresa.

 

Jéssica Cegarra


“Inteligência Emocional”: Importância da linguagem da fisiologia da vitória

A palestra “Inteligência Emocional” realizada no dia 05 de maio na VII Semana Integrada dos cursos de Comunicação, Arquitetura, Educação Artística e Moda da UNIRP, abordou de maneira concisa o Conceito de inteligência emocional (criado em 1995, por Daniel Goleman).

Frederico Dias da Silveira abordou de forma clara duas formas de comportamento em que o ser humano pode se enquadrar. Afirmou que existem os seres Idealizadores (enraizados no campo das idéias) e os Realizadores (proclamam a prática das idéias), de forma que ambos foram constituídos de maneira diretamente ligada a inteligência emocional.

O palestrante enfocou também a importância real que deveria ser dada a linguagem. Na linguagem, por meio das palavras, há a manifestação prática dos pensamentos do ser. Na concepção da inteligência emocional é preciso alterar a fisiologia para mudar o padrão de pensamento. “Quando você muda a comunicação e assume a fisiologia da vitória perpetuada, você escolhe o que vai pensar e assim a vida muda de forma positiva” Explica Frederico.

O foco principal se manteve no fato de que para se fazer mudar a existência é preciso mudar apenas a si mesmo, mudando os pensamentos e palavras de forma positiva, a fim de colher bons resultados: “A simples mudança fisiológica é essencial” afirma Frederico.